Quando ficar com os olhos dos outros dentro de mim
Marcadamente despidos os olhos invioláveis da castração
Se percorrerem caminhos simulacros de muitas vidas
As imensas formas respiradas de desperdício um acordar
Não será medo o conceito que surgirá nestas mãos
Um acordar a explosão violenta do corpo enquanto espasmo
O movimento anulador da linguagem do horror da linguagem
O gesto vivo do fumo presente nos aglomerados do espectáculo
A angústia que circula medíocre nos antros circenses
Os antros a imensidão da vulnerabilidade reprimida
Nada faz sentido a forma foi-se a repetição e o dejecto
Nada é mais do que a construção lenta da própria morte
Então também o que sinto se aproxima do extermínio
A absolutização do vazio deste corpo que revolta as coisas
Quando me rir como certos astros desconexos de vontade
Quando encontrar em mim a salvação da minha carne
Mundo mulheres vereis o meu rosto de desolação
Esfaquear o vosso crânio com imagem absoluta do amor
Sem comentários:
Enviar um comentário