Pedro Fiuza nasceu em mil novecentos e oitenta. Ainda é cedo para qualquer nota biográfica.

texto 3

Por vezes nas viagens há olhares que se reconhecem, são mecanismos efémeros que cintilam no interior da memória. Talvez te tenha já visto num dia de chuva, resguardada por uma outra pele que não essa. Talvez a tua forma viajante seja o vulto ambíguo que encontro em todos os sítios. Talvez até tenhas um nome, uma casa, um jardim com plantas e com gatos. Tenho felizmente a certeza que te verei de novo, noutro tempo, com este ou outro corpo. Talvez a nossa forma se reconheça se tudo estiver certo.

Sem comentários: