De um lado há o terror vazio e solitário do silêncio,
São transformações físicas já desenganadas com o tempo,
Tapo o corpo com lençóis de água na casa de ninguém,
O barco vem e leva-me,
Vomito constantemente nas viagens forçadas da vida.
Sou contra a corrente que me engorda
E faço ginástica contra si ao dormir.
Não sei ainda se há o outro lado,
Há quem faça relatos de brilho para a falsa exibição da alma
E também há um frio no olhar que sente ou pressente um outro tempo.
O tudo insiste-se como uma alucinação constante
Sempre criada no sentido da viagem.
Se existe regresso?
Ninguém o sabe,
Ninguém voltou para contar a história do outro lugar,
Talvez o lugar zero,
O nascimento.
1 comentário:
Continamos a viajar...mesmo que sejam viagens mentais. abraço
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