Pedro Fiuza nasceu em mil novecentos e oitenta. Ainda é cedo para qualquer nota biográfica.

texto 2

De um lado há o terror vazio e solitário do silêncio,

São transformações físicas já desenganadas com o tempo,

Tapo o corpo com lençóis de água na casa de ninguém,

O barco vem e leva-me,

Vomito constantemente nas viagens forçadas da vida.

Sou contra a corrente que me engorda

E faço ginástica contra si ao dormir.

Não sei ainda se há o outro lado,

Há quem faça relatos de brilho para a falsa exibição da alma

E também há um frio no olhar que sente ou pressente um outro tempo.

O tudo insiste-se como uma alucinação constante

Sempre criada no sentido da viagem.

Se existe regresso?

Ninguém o sabe,

Ninguém voltou para contar a história do outro lugar,

Talvez o lugar zero,

O nascimento.

1 comentário:

Anónimo disse...

Continamos a viajar...mesmo que sejam viagens mentais. abraço