Pedro Fiuza nasceu em mil novecentos e oitenta. Ainda é cedo para qualquer nota biográfica.

texto 10

O medo foi atingido com palavras mal ditas não ficou nada

Todas as testemunhas pisaram o chão líquido e tornaram-se pó

Não se soltar a si é produto macabro de uma vontade ténue

Não dizer negar a convicção da vida por um jogo demasiado infantil

Ou que sei eu da sua cabeça de homem

Na sua voz tremente a falta de verdade origina a verdade

Brincar ao esconde-esconde com o respirar do outro

Não é permitido neste corpo

Porque talvez a sujidade salte para o teu olho

E não vejas mais

É mentira

Brincar ao esconde-esconde com o respirar do outro

Já foi permitido neste corpo

Mas a sujidade saltou para o teu olho

E não me viste nunca mais

Sem comentários: